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2012 - Livro Vermelho 2013

Begonia albidula Brade EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 20-08-2012

Criterio: B1ab(iii)+2ab(iii)

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

É uma espécie herbácea encontrada principalmente em Inselbergs do Espírito Santo, tendo uma distribuição restrita (EOO=2886.63 Km², AOO=68 Km²) e especificidade de habitat. Essas formações graníticas vêm sofrendo intensa exploração por mineradoras, o que poderá causar a extinção de subpopulações que ocorrem nas áreas exploradas. Além disso, é possível haver uma subpopulação em Manhuaçu, Minas Gerais, distante do restante das demais subpopulações no Espírito Santo. Suspeita-se, portanto, que a espécie seja severamente fragmentada.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Begonia albidula Brade;

Família: Begoniaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita originalmente em Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 10: 137 1950.A espécie pode ser diferenciada pelo porte subarbustivo, folhas suculentas com a face adaxial verde brilhosa e abaxial alvo-lanuginosa, estípulas grandes, frutos avermelhados com alas reduzidas e placentação bipartida (Kollmann, 2012). No Espírito Santo esta espécie é simpátrica com B. kuhlmannii Brade sendo facilmente distinguida por esta ultima apresentar indumento furfuráceo a velutino, composto de tricomas estrelados, folhas subcoriáceas, planas no material vivo, pecíolos maiores, flores pistiladas menores, hipanto alvo a esverdeado e cápsulas com margem superior retilínea e inferior arredondada a ligeiramente ascendente (Jacques, 2002).

Distribuição

A espécie ocorre no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012) e no Estado de Minas Gerais (Kollmann, 2012). Sendo encontrada em altitudes que variam de 600 a 1200 m (Kollmann, 2012)

Ecologia

A espécie caracteriza-se por ervas de 50 a 80 cm altura, subxerofíticas, monóica, floração ocorrendo de abril a dezembro e frutificação de abril a julho, ocorre em inselbergs da Floresta Ombrófila Densa (Jacques, 2012; Kollmann, 2012).

Ameaças

1.3.1 Mining
Detalhes A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado pela extração de arenito e granito, o que altera o substrato da área (Martinelli, 2007).

3.4 Material
Detalhes A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), esse tipo de vegetação vem sofrendo com inúmeras ameaças, como a remoção da vegetação nativa que, por consequência, facilita a entrada e permanecia de espécies exóticas (Martinelli, 2007).

1.4 Infrastructure development
Detalhes A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado pela expansão urbana (Martinelli, 2007).

1.7 Fire
Detalhes A espécie possui distribuição restrita aos Campos de Altitude no Estado do Espírito Santo (Jacques, 2012), local ameaçado por queimadas (Martinelli, 2007).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

1.2.2.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Referências

- MARTINELLI, G. Mountain biodiversity in Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 04, p. 587-597, 2007.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- ELIANE DE LIMA JACQUES. Estudos taxonômicos das espécies brasileiras do gênero Begonia L. (Begoniaceae) com placenta partida. Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2002.

- LUDOVIC JEAN CHARLES KOLLMANN. Diversidade, biogeografia e Conservação das Begoniaceae do estado do Espírito Santo, Brasil. Dissertação de Mestrado. São Mateus, ES: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012.

- JACQUES, E.L. Begoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB59. Acesso em: 14 Jun 2012.

Como citar

CNCFlora. Begonia albidula in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Begonia albidula>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 20/08/2012 - 17:37:07